"Quanto eu canto, o seu coração se abala, pois eu sou porta voz da incoerência.
Desprezando seu gesto de clemência, sei que o meu pensamento lhe atrapalha.
Cego, só, seu cavalo de batalha e faço a lua brilhar no meio dia...
Tempestade eu transformo em calmaria. E dou um beijo no fio da navalha , pra dançar e cair nas suas malhas, gargalhando e sorrindo de agonia.
Se acaso eu chorar, não se espante, o meu riso e o meu choro, não têm planos.
Eu canto a dor, do amor, do desengano e a tristeza infinita, dos amantes.
Dom Quixote, liberto de Cervantes, descobri que os moinhos são reais...
Entre feras, corujas e chacais, viro pedra no meio do caminho, viro rosa, vereda, viro espinho. Incendeio esses templos glaciais."
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