sábado, 27 de junho de 2009

"Vulnerabilidade"

Às vezes, gostaria de ser mais vulnerável. É duro ser tão dura. Desde que ouvi "o chamado", tem sido assim. Me pergunto, se outros ouviram o mesmo chamado. É tão complicado, cansativo, ser uma mulher, mãe...e ter que manter a postura, de frente ,na batalha...Será que vou conseguir usufruir de um pouco de paz?! No momento, sei que não. Mas, almejo um dia, viver de uma maneira corriqueira, fazendo coisas corriqueiras, do meu modo não muito corriqueiro.
"Apenas, uma mulher"

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Enquanto Ulisses não chega...

Trabalho no fundamento, mesmo sem merecimento. A arte pela Arte, quando nada mais é casual... Levo a chama de Prometeu. Ladrão que rouba ladrão...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Penélope , Ulisses.

O frio chegou e nem sinal da nau. Entre malhas, feitas, desfeitas e refeitas é chegada a hora de entregá-las à seus destinatários. Pois, o passatempo,também tem seu fundamento. Eu sigo, fiando palavras, tecendo sonhos... E me faço presente, às vezes, como anfitriã, outras como convidada e até, como penetra. É que não posso perder o fio da meada...

"Penélope Maria" ,uma cabocla paulistana

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sufar, sufar e sufar

Eu sufo o tempo todo. Sufar, já faz parte de mim. É a arte sobre a Arte. Mesmo sem perceber, estamos sufando. Sufar é bailar. Às vezes regemos, outras executamos, ou só ouvimos. Mas sempre acompanhando o Rítmo. Não importa Quem componha, eu quero Música, seja ela sonora ou silenciosa. O Universo baila...e eu também sou música.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

"Generaiz"

Se o Sistema é imunológico, sou um vírus Humanológico. A linguagem é de guerra, mas a mensagem é de paz...Apurem os ouvidos, ouçam as trombetas.
As armas disparam...palavra, palavra...verbo. Mártires alucinados, disparando e disparando...Ouçam!!Isso é jihad, a guerra pela consciência, a sanidade... lucidez!
Ae manos! Vamos trocar munição?!
"Um salve pro Elo!"

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pedro pedreiro

Pedro era pedreiro. Um dia, alguém, lhe apresentou a Pedra. Foi amor à primeira vista! Eles contraíram núpcias. Os frutos dessa união foram a angústia, o desespero e a dor. Mas, intercalando-se a estes, momentos de pura paz... A paz ,semelhante a dos mortos, e que nos torna mais vivos.
Não sei o final da história. Mas fica a lição, casamento é paz e guerra.
Pedro x Pedra.

"Dedicado a meu irmão Pedro."

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um conto sufi

Certo dia, faz muito tempo, Khidr, o mestre de Moisés, dirigiu uma advertência ao gênero humano. Numa data determinada, declarou, todas as águas do mundo que não tenham sido especialmente guardadas desaparecerão. Serão então renovadas com uma água diferente e que fará os homens enlouquecerem.

Somente um homem prestou atenção à advertência. Recolheu bastante água e armazenou-a em lugar seguro, esperando que as águas mudassem de características.

No dia indicado as torrentes deixaram de correr, os poços secaram, e o homem que dera ouvidos à advertência, vendo o que ocorria, foi a seu refúgio e bebeu da água guardada no pequeno reservatório.

Quando notou, lá de seu abrigo, as fontes jorrarem novamente, desceu da colina e foi misturar-se aos outros homens. Comprovou que estavam pensando e falando de um modo inteiramente diverso do anterior, nem sequer tinham lembrança do que acontecera, tampouco de terem sido alertados por Khidr. Quando tentou dialogar com eles, percebeu que o julgavam louco, tratando-o com hostilidade ou compaixão, ao invés de compreendê-lo.

De início ele não bebeu da água renovada, retornando a seu refúgio e servindo-se diariamente da água que guardara. Mas, finalmente, resolveu beber da nova água por não poder suportar mais a tristeza de seu isolamento, comportando-se de maneira diferente dos demais. Bebeu a nova água e se tornou igual aos outros. Então se esqueceu inteiramente de tudo que se referia à água especial que armazenara. E seus semelhantes passaram a encará-lo como a um louco que fora devolvido à razão milagrosamente


"Dedicado à minha irmã, Beth."

Dupla Titânica!

Nem só de coração, vive essa dona aqui. Deus deu asas à minha cobra! Minha mente não conhece limites. Através dos sonhos, imaginação e uma boa dose de lógica também, ela voa solta, pois à tempos descobriu não haver amarras para ela. Mas o seu companheiro de caminhada é um calaveiro nobre, o coração. Esses dois , foram feitos um pro outro.
O que seria da caminhada, sem o rítmo cadenciado desse valente cavaleiro. E também sem o cantarolar dessa faceira e deslumbrada dama. Já faz tempo, que eles convivem em harmonia, a mente sempre tagarelando, o coração acompanhando sorrindo, no compasso calado. De vez em quando rola um "Cala a boca,pô!!" Mas sempre há entendimento e bom humor.
Esse bruto, só sabe marchar e marchar, mas o que seria da marcha sem essa acompanhante, que segue apontando "Ali!Lá!Aqui!Acolá...Veja!!" São eternos companheiros nessas estradas do MEU SER.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Os cartolas"

" À sorrir, eu pretendo levar a vida, pois chorando eu vi a mocidade perdida..." Essa é velha, mas boa como o quê!! É o tipo de som que lembra o meu pai. Às vezes choro ouvindo esses sons. Esse não, que é bem alegre. Mas dá saudade do velho...
Não é que eu goste de falar em morte, mas a vi, pelo menos duas vezes, quando perdi duas pessoas que eu amava,continuo amando...O amor é eterno, meu pai está vivo atravéz de mim, de meus irmãos , na nossa lembrança, que eu alimento constantemente.
Mas nem sempre, eu uso o termo morte, no sentido físico da palavra. Morte pode ser empregada num sentido construtivo, de evolução, transmutação. Por isso, eu uso tanto. Já devo ter morrido algumas vezes nessa vida. E se analisarmos a fundo, morremos a cada segundo, milésimos de segundo. A velocidade com que nosso corpo, passa pela morte constante, é vertiginosa. Milhões de células morrem a cada minuto(?).
Outras nascem, então nosso corpo nunca é o mesmo de um minuto atrás. Estamos em contínua mutação. É interessante essa consciência. A ciência do macro, do micro, ciência humana,CONSCIÊNCIA . Eu quero viver em paz com a morte. Esses últimos 6 minutos já foram um milagre...