sábado, 7 de maio de 2011

Dia de guerra

Hoje não teve hijab.
Depois de lavar a roupa, cozinhar, limpar a casa toda...eu ia chegar tarde para a oração . Acabei desistindo.

Um dia, quem sabe, vou ter uma mesquita mais próxima de casa. Queria ser chamada, ao som do muezim "Allahu akbar"... É, temos que trabalhar pra isso.
No dia da shahada ( a conversão) , saí orgulhosa com meu véu da mesquita. Eu sempre quis ser muslima, mas achava que pra isso eu tinha que casar, senão, não faria sentido (?)
Meu dia foi difícil, depois de trabalhar duro, tive que falar alto, bem alto. As pessoas estavam brigando muito. Oh, meu Deus, como elas brigam. Meus filhos, meu irmão, minha mãe...é um inferno.
Saudades eu tenho do meu pai. Ele nunca gritava comigo. Nos entendiamos através do olhar. Minha mãe, fala muito e diz pouco. Ah , e ela grita, como grita. Hoje, gritei de volta. Aliás, mandei todo mundo calar a boca.
Mas estava aborrecida. Decidi caminhar um pouco sozinha e fui  ao cemitério. A caminhada é curta, não dura dez minutos.
A lápide estava suja, empoeirada, as flores secas...É, eu gosto de estar lá , passar alguns momentos. Reguei e limpei .
Eu ia sentar-me um pouco, mas resolvi ajoelhar e rezar. Sim, passava pouco das 3 da tarde, eu estaria conectada.

 Oh, sim! Aquilo era terra e grama. Perfeito! Colei minha testa no chão, ali, emcima da sepultura. O mais interessante é que a posição, também condizia com a posição da quibla, calculo eu. "Nordeste"

"Allahu akbar"_ Deus é Excelso!
"Alhamdulillah"_ Louvado seja Deus!
"Subhanallah"_ Deus Glorificado!


                                                 Ya Salam