sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Safira ou Rubi?

Então, as duas se encontravam, nas mãos daquele jovem ourives. O cara olhou, mediu, pesou, poliu aqui, ali, mas não se decidiu à usar nenhuma delas, para fazer seu precioso anel. Safira estava impressionada com o vermelho daquele rubi, pois se existe uma cor que ela nunca atinge é aquele vermelho. Porém, ela também, era uma bela safira azul. Quis o destino, que ela viesse parar em minhas mãos, bem quando, eu perdi minha rara turmalina negra. Rara, porque foi achada no quintal de minha casa, o chão que eu cresci. Eis, que agora essa safira faz parte de minha coleção e tem lugar de destaque.

Um pouco de história...

Conta-se que Abraão, pressionado por sua esposa Sara, abandonou seu filho Ismael, juntamente com sua mãe, Hagar, a escrava egípcia, em lugar ermo. Quando, acabando a água , Hagar se viu desesperada, começou a cavar o solo arenoso, com as próprias mãos, em vão. O menino, que sentado, assistia a tal cena, de repente, viu brotar, por entre seus pés , um olho d'água. Essa seria, a origem, milagrosa do poço Zem-Zem, lugar sagrado, para o povo do deserto. Ali mesmo, depois, fora construída, a Caaba.
É uma bela história. Envolve, fé e destino, pois Ismael é o pai dos nômades. Não posso, afirmar que é verdadeira, em seus pormenores, existem, outras versões. Mas, pra mim, o que importa é sua mensagem de esperança e fé ,nos desígnos divinos.
Admiro, essa história, essa origem, esse povo. Sou brasileira, com a graça de Deus. Aqui dentro, trago uma riqueza genética imensa: índio, negro, europeu...Mas existe, uma voz que sobressai, lá no fundo desse deserto aqui. Essa voz entoa um cântico, que eu aprendi. É a voz de algum beduíno-sertanejo, pastoreando suas ovelhas, fiando a lã ou carregando seu pote de água. E ele vaga perdido nesse imenso infinito, de areias, estrelas, horizontes, azul e sede...Nordeste do Brasil ou Saara, lá estamos nós.
"Depois da judiação, voltaremos ao deserto e contemplaremos os infinitos. Apaixonados,como só nós. Paixão e liberdade."

Conto e causo

Foi no ano de 97,mês de abril ou maio. Eu estava numa velha choça, numa roça. Lá fora o vento açoitava, o barulho era musical(musicaos), com o que, eu saboreava aquela noite escura. Mas foi de repente, ele chegou. Ouvi o barulho dos cascos na soleira da porta " Plac! Plac!Plac!..." e também o som forte das asas "vrum, vrum..." O vento no bambuzal, chamava meu nome... A excitação e curiosidade, me dominaram. Abri a porta... Não pude vê-lo, a escuridão era total. Senti suas baforadas, já dentro da casa. Era o Diabo, com cascos, chifres, asas e tudo o mais.
Ele, achou logo,minha santacrux...tocou nela e saiu vexado(rs)
Não pude conter, gozei mesmo. (hahahahahaha)
O danado, ainda, acendeu uma vela e rezou uma ave Maria.
E esta, é a mais pura verdade. Aconteceu comigo.