Às vezes, me reporto ao passado...Época em que eu buscava verdades.
Não tive uma formação religiosa, por assim dizer. Talvez, isso tenha sido muito bom, pois me senti muito livre para buscar e interpretar em muitas fontes distintas.
Lembro que no auge de "minha busca reveladora", conheci Osho. Logo, o reconheci como um guru, um mestre. Suas palavras causaram um impacto diferente em mim. Não que houvesse nada de tão novo nelas, mas é como se fossem extensões de minhas próprias impressões. Fiquei bastante fascinada por ele e seus "ensinamentos". Durante algum tempo, li algumas das obras atribuídas à ele, uma após outra, até saturar-me.
Um novo estado me levou a acreditar que não havia nada pra buscar. Só precisava viver. Viver, livre dos tais condicionamentos.
Meu último passo, foi buscar um contato mais íntimo com minhas origens, a natureza.
Passei um tempo mais próxima à terra,ao fogo( cozinhando à lenha), tomava meus banhos de rio...coisas simples, mas que me faziam sentir muito plena. Já não me preocupava em descobrir nenhuma Verdade, nenhum segredo, ou melhor, em "evoluir".
A evolução não está em aniquilar nenhum mal, ou defeito, está no entendimento. É preciso entender, sentir o equilíbrio universal. A vida se torna tão suave, tão musical...
Nesse tempo, passei pelo que eu considero a experiência mais intensa da minha vida. Conheci aquilo que eu chamei de Cio Humano. Nunca esquecerei aquele momento único.
Nós passamos a maior parte da vida reprimindo nossos instintos, nossos impulsos, mas eles estão lá. Você pode rejeitá-los, mas eles não serão anulados, pela lei natural do equilíbrio. Enquanto houverem os pretensos santos, haverão os monstros abomináveis.
Então eu adormeci e acordei ao lado de um homicida...
"Aceitando a seita"
E eu o amei, o respeitei, até mesmo o admirei!
Na minha síntese, concluo algo muito simples sobre o "bem viver" :seja Humano!
Seja um deus...julgue-se a si mesmo, sempre, em todos os planos: presente, passado, futuro. Só nós podemos fazer isso por nós mesmos. Tenha inteira consciência dos seus atos.
