sexta-feira, 15 de maio de 2009

"Jovem Titã"

Depois do exílio, a vida tem sido só peleja. A primeira rasteira, foi a maior, quase não sobrevivi.

Uma rosa vermelha, deixada sobre o corpo do valente, foi o símbolo de uma era. Entre mortos e feridos, ressurgi...meio morta, meio viva. Foi difícil continuar, isolada, um peixe fora dágua. Mas a peleja é incessante. Mesmo quando não tinha forças, meu Tridente, falava por si. Ele é mágico, poderoso, às vezes, muito pesado também.

No começo deste ano, tive uma chance de "descansar". Deitei o tridente , e me lancei a uma aventura sem pretensões ou expectativas. Só queria ficar de bobeira e de quebra, conhecer Belém do Pará. Gosto muito de pegar a estrada, viajar, mas esta viagem foi longa demais. Alguns percalços no caminho, acabaram alongando mais ainda o tempo. Mas curti tudo, até os imprevistos. Aliás, tive algumas surpresas muito boas. No estado do Tocantins, o ônibus quebrou, ficamos umas boas horas parados à beira da estrada. Alguns mergulharam na mesa do bar, bebendo, cantando, fazendo barulho. Tinha também um grupo de Hare Krishnas, que fizeram, igualmente, muito barulho...que sarro. Eu, embriagada pelo astral, só conseguia deitar os olhos no horizonte, a mente no vácuo, quase no ponto "daquela amnésia"...Como eu gosto dessa sensação!

Por fim, acabei me sentando com um filósofo à mesa. Falamos sobre o deserto...Ele resumiu o sentido da vida em 4 letras, assim como dizia "o finado", que Deus o tenha. Ah, como é simples a vida, por isso gosto tanto dela, apesar dos pesares.



NÃO SE APAGUE ESTA NOITE ( Canção de Lô e Márcio Borges)

Eu queria levar você, ao deserto sem nome

Por favor não se apague esta noite.

Você tem que provar o meu sangue.

Seja o touro e a rosa.

Seja o pão e a fome

Eu queria levar você , para além dos caminhos

E andar com você pela noite,

Me deitar com você no meu sangue

" Eu preciso dormir em paz"

Como o touro e a rosa

Eu preciso levar você

E dizer que "te amo".