terça-feira, 2 de junho de 2009

Um conto sufi

Certo dia, faz muito tempo, Khidr, o mestre de Moisés, dirigiu uma advertência ao gênero humano. Numa data determinada, declarou, todas as águas do mundo que não tenham sido especialmente guardadas desaparecerão. Serão então renovadas com uma água diferente e que fará os homens enlouquecerem.

Somente um homem prestou atenção à advertência. Recolheu bastante água e armazenou-a em lugar seguro, esperando que as águas mudassem de características.

No dia indicado as torrentes deixaram de correr, os poços secaram, e o homem que dera ouvidos à advertência, vendo o que ocorria, foi a seu refúgio e bebeu da água guardada no pequeno reservatório.

Quando notou, lá de seu abrigo, as fontes jorrarem novamente, desceu da colina e foi misturar-se aos outros homens. Comprovou que estavam pensando e falando de um modo inteiramente diverso do anterior, nem sequer tinham lembrança do que acontecera, tampouco de terem sido alertados por Khidr. Quando tentou dialogar com eles, percebeu que o julgavam louco, tratando-o com hostilidade ou compaixão, ao invés de compreendê-lo.

De início ele não bebeu da água renovada, retornando a seu refúgio e servindo-se diariamente da água que guardara. Mas, finalmente, resolveu beber da nova água por não poder suportar mais a tristeza de seu isolamento, comportando-se de maneira diferente dos demais. Bebeu a nova água e se tornou igual aos outros. Então se esqueceu inteiramente de tudo que se referia à água especial que armazenara. E seus semelhantes passaram a encará-lo como a um louco que fora devolvido à razão milagrosamente


"Dedicado à minha irmã, Beth."

Dupla Titânica!

Nem só de coração, vive essa dona aqui. Deus deu asas à minha cobra! Minha mente não conhece limites. Através dos sonhos, imaginação e uma boa dose de lógica também, ela voa solta, pois à tempos descobriu não haver amarras para ela. Mas o seu companheiro de caminhada é um calaveiro nobre, o coração. Esses dois , foram feitos um pro outro.
O que seria da caminhada, sem o rítmo cadenciado desse valente cavaleiro. E também sem o cantarolar dessa faceira e deslumbrada dama. Já faz tempo, que eles convivem em harmonia, a mente sempre tagarelando, o coração acompanhando sorrindo, no compasso calado. De vez em quando rola um "Cala a boca,pô!!" Mas sempre há entendimento e bom humor.
Esse bruto, só sabe marchar e marchar, mas o que seria da marcha sem essa acompanhante, que segue apontando "Ali!Lá!Aqui!Acolá...Veja!!" São eternos companheiros nessas estradas do MEU SER.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Os cartolas"

" À sorrir, eu pretendo levar a vida, pois chorando eu vi a mocidade perdida..." Essa é velha, mas boa como o quê!! É o tipo de som que lembra o meu pai. Às vezes choro ouvindo esses sons. Esse não, que é bem alegre. Mas dá saudade do velho...
Não é que eu goste de falar em morte, mas a vi, pelo menos duas vezes, quando perdi duas pessoas que eu amava,continuo amando...O amor é eterno, meu pai está vivo atravéz de mim, de meus irmãos , na nossa lembrança, que eu alimento constantemente.
Mas nem sempre, eu uso o termo morte, no sentido físico da palavra. Morte pode ser empregada num sentido construtivo, de evolução, transmutação. Por isso, eu uso tanto. Já devo ter morrido algumas vezes nessa vida. E se analisarmos a fundo, morremos a cada segundo, milésimos de segundo. A velocidade com que nosso corpo, passa pela morte constante, é vertiginosa. Milhões de células morrem a cada minuto(?).
Outras nascem, então nosso corpo nunca é o mesmo de um minuto atrás. Estamos em contínua mutação. É interessante essa consciência. A ciência do macro, do micro, ciência humana,CONSCIÊNCIA . Eu quero viver em paz com a morte. Esses últimos 6 minutos já foram um milagre...

domingo, 31 de maio de 2009

O Escuro

Tô eu aqui neste fim de domingo, sozinha, já que as crianças foram passear com a tia. De repente, me deu de ouvir Black Sabbath. Não tem como não me lembrar do Raul, meu grande parceiro do passado. Icrível, ele também já se foi! Mas, foi com ele, que penetrei pelo lado escuro da alma. Ele era, até, um tipo sombrio, mas nos entendíamos muito bem. Guiávamos um ao outro pelas sombras,às vezes como duas crianças, curiosas e destemidas. Ele bebia um bocado, eu no embalo...muitos porres. Muitas viagens com cogumelos também. Essa foi uma fase da nossa história, as idas à Guararema em busca dos cogumelos. Muita história... Não encaro nenhuma experiência como banal. As viagens com cogumelos,foram muito especiais. Segundo Castañeda, nós temos nossos aliados, as plantas de poder, ervas, cactos, cogumelos... Eu acredito.
Cogumelo dourado: boas experiências passadas...
Marijuana ♥♥♥ forever!!!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Equilibrando

Esse coração, ainda me mata. "Coração bobo, coração bola, coração balão, coração São João..."
A anestesia chega sempre. Um bom sono é meu melhor alimento. Me recupera a serenidade e o bom humor. Ademais, o dever me chama...disposição e energia pra atuar mais um dia. Louvado seja!!!

terça-feira, 26 de maio de 2009

"Quem nasce Zé, não morre Jhony, não!"

Alvorada

Que belo dia nasceu! Depois da chuva de ontem, o céu amanheceu lindo, limpo e claro. Eu que,ontem, estava desanimada, sinto que o dia de hoje será melhor, se Deus quiser! Ontem à tarde fui pedalar um pouco, parei no campo pra meditar. Tinha uns manos jogando bola, outros dando uma bola. Eu fico de canto, gosto de observar ao redor, a vegetação que ainda resta. Os últimos suspiros da velha cosmopolita...O campo, de terra vermelha, já está destinado a virar condomínio de luxo. O progresso chega, lento, mas infalível. Pode parecer, só romantismo, mas tenho saudades das ruas de terra, dos riachos em que se podia tomar banho. Mas a recordação mais mágica pra mim, é das caminhadas que fazíamos, pelas chácaras da colônia japonesa. Eu pequena,mas com uma imaginação gigante, sentia como se fosse ao Japão! Passávamos por córregos, pelas amplas estradas de terra, catando as mais saborosas frutas,roubadas, é claro. A região era forte produtora de frutas,pêssego, caqui, mexirica, nêspera... Ainda existem resquícios dessas propriedades, mas estão sendo sufocadas por projetos de habitação popular. Regiões de mata atlântica estão sendo invadidas. É o progresso desenfreado.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"E o pulso ainda pulsa."

Hoje é um daqueles dias, estou tão "Lady Jane".Ultimamente, tenho trabalhado um bocado. Tirei o dia pra ficar de molho. Mas o problema não é só cansaço, minha sensibilidade está à flor da pele. Não é TPM. Senti alguns saculejos, lembrei-me das descobertas que fiz, os "insights". Não deveria , mas pesa muito. O peso da solidão. Como disse o velho Justo " o caminho é sem volta" e assim eles me abandonaram, confusa. Me virei sozinha e ainda me viro. Aqui estou eu, na Babilônia. Correndo o risco de ruir com ela. Eu estou aqui trabalhando para essa queda, custe o que custe. Apresento minhas armas: cólera e compaixão. Não é fácil manter o controle. Praqueles que estão lá no QG, só aguardando as novidades, é divertido. É como estar aposentado. Eu já estive lá, só entrava homem. Quebrei a regra, graças à Deus! Também, conheço o código do comandante maior!! Sem esforço nenhum...uma herança genética. Mas vou começar a berrar sim! O tranco é duro. Os caras tão me tirando, só porque sou mulher e a caçula. Mas chega, não quero provar mais nada. Qualquer dia, vou invadir aquele quartel e montar acampamento. Passar essa bola pra outro/outra.

domingo, 24 de maio de 2009

MC´s

Somos duas. Saídas do mesmo buraco. Uma arregaça, vai adiante. A outra segue atrás, esmerilhando. Não aceito mando, só comando.Meu negócio é gente. Urgente!
"Generaiz"

sábado, 23 de maio de 2009

Compadre Sérgio

"Preciso acabar logo com isso. Preciso lembrar,que eu existo..."
Ae, você me passou essa bola, se eu marcar, o gol é nosso. Valeu!?

Cyber o quê??!!!!!!!

Nunca abandono o front. Agora mais que nunca é uma questão de sobrevivência. Não temos nada a perder. A vida é nossa causa e nossa luta...
" Tava afim de ver o Clube da luta, de novo. Aquela cena final, a única que eu lembro, não me sai da mente. Apocalíptica!

Cada um vive sua própria morte

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Yo no creo en brujas, pero que ellas hay, hay."

"Safiras são azuis, rubis são vermelhos. Cortem as amarras, soltem os cabelos!"

Devotos de Aparecida

"Prazer, meu nome é Kali. Hare, Hare, Hare...
" Tudo é divino, maravilhoso, mas..." "É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte".
"Com amor no coração, preparamos a invasão. Sabe bem, quem não é otário, peixe no aquário, nada...alto astral...nossos planos são muito bons!!
" Agora não espero mais aquela madrugada". Paixão e fé, à disposição.


"O negócio é..." " Quem será o desgraçado, dono dessa zorra toda?"


Ah, meu rei!...

A capela

Um vaqueiro encouraçado abre a porta...E o que ele encontra?... Uma besta de seis pontas!

Vamo vê se o cabra é bom...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Traduzindo

"Bueno", achei necessário esclarecer alguns termos que costumo usar. Já que, outros poderão ler e não entender nada :SUFAR, MULLÁ, e a BURKA então!!Vão pensar que sou doida...
Sufar vem de sufismo, que é uma corrente mística , nascida no seio do Islã. Daí os outros termos do árabe:mullá, burka, bem como o "salam alaikum". Tive os primeiros contatos com essas informações, há 15 anos. Foi uma identificação muito forte, amor a 1ª "sufada". Vi minha própria visão do mundo ali descrita, através de maravilhosos poemas. Os sufis, dervixes, foram, ou são, perseguidos, dentro do próprio Islã. Sua linguagem é direta ao coração, carregada de simplicidade. Usam versos para expressar sua relação direta com Deus. São chamados "os amigos do Amigo" (Deus). Mas entre poesias extasiantes, encontramos anedotas e "causos" , hilários até. Isso faz toda a diferença, pois lembra-nos que é necessário continuar, estar, participar do mundo. Sem aquela de se colocar acima dos outros, achar que é o santo e se privar disso e daquilo. Repetir rituais que você mal compreende. Somos do mundo, e devemos usufruir bem dele. Isso é Consciência. Sujeição à nossa natureza(humana). Humildade. Somos divinos, assim como tudo que existe. Mas somos também Humanos, homens e mulheres, sujeitos a todas às leis que regem o cosmo. " O que está em cima, está embaixo". Eu, particularmente, gosto muito do termo "bicho humano".
Resumindo, não faço parte de nenhuma Tradição, nem é de minha vontade faze-lo, mas absorvi alguns termos e faço uso deles. Se alguém não gostar, que me cobre.
Em relação a burka, é uma forma de colocar a minha visão da união conjugal. Acredito que quando a gente, mulher, se une a um marido, naturalmente, adota uma postura de maior reserva, em respeito a ele. A minha burka, então é só imaginária. Tem relação com a forma de eu lidar com essa condição. Pois normalmente, tenho uma boa relação com o sexo oposto. Me entendo muito bem com os homens, relação aberta, sem meias palavras, igual pra igual. Isso já me trouxe problemas em um relacionamento anterior. Mas a gente aprende. Eu aprendi com a maturidade. Então a burka, pra mim, é uma questão de postura. Burka colorida, seria uma relação suave, mais descontraída, com alguém mais leve que eu. Pois, às vezes, parece que eu sou de chumbo!...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Iman, iman, iman.

Vejam mullás, o que fizeram comigo! Eis aqui sua verdade, nua e crua...Agora já posso vestir minha burka, aquela bem colorida?

"Tudo posso, naquele que me fortalece."

Mais um, trago...

Códigos, códigos e mais códigos. Trabalho e trabalho...E eu aqui, nua. Errei até de sela! Sela com "s" , refere-se à montaria. O que me lembra animal. Animal é nossa porção mais esquecida. Pra mim, a mais bela, talvez. Tive a oportunidade de estar, cara à cara com meu "animal". Foi dilacerante, visceral. Contive o uivo, mas não o cio...divino. Só depois, estava pronta para o encontro com o Todo. Acredite, a visão do Todo é sinistra...ela te cega, capaz de enlouquecer qualquer um. Foram 5 dias sem comer, 5 noites sem dormir. Euforia total! Estava à ponto de explodir...raciocínio e meditação, foram as válvulas. Depois de passada a tormenta, tive medo de abrir os olhos e ver o "velho mundo" devastado, mas surpresa... quando recobrei a visão, lá estava ele, o "novo mundo", e eu pronta por ele e pra ele.
"Ainda quero minha burka..."

terça-feira, 19 de maio de 2009

"Sela: ossos, carne e sangue"( da música do Zé Rodrix). Essa deveria ser a nossa única sela. Sei que sou um pouco exagerada, tbm. Mas é assim que me expresso. É por isso, que gosto de ficar calada. Então, me chamam de anti-social, estranha e coisa e tal. Fico entre a cruz e a espada.
Escrever aqui, tem sido uma boa opção pra me expressar. Mesmo que ninguém leia, a sensação é de partilhar. Me sinto só, apesar de muita gente estar a meu redor. Faz falta aquele papo aberto, comunicação sem nós, fluente. Os "amigos irmãos" estão cada vez mais distantes (distância física). É, não devemos desprezar a forma, por mais nobre seja a essência. Acho que isto está próximo da sabedoria. Tem gente muito "material", outros são "espirituais"demais. Incompletos, nos dois casos.

Às vezes, costumo filosofar com meu irmão, ele está "estudando", eu acho muito bom. Sinto que ele pode me entender um pouco melhor. Comunicação... É prazeroso.

A boa leitura ajuda a abrir a mente, te dá novas perspectivas. É um processo "mágico", quando se entende um "Osho da vida". Cada um na sua praia. Meu negócio e "sufar". Mas como dizem os ortodoxos "Allah sabe mais."

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"soldado mulher"

*1/4 de disciplina, 3/4 de coragem.
*Bandeira: vida.
*Lema: amar.
*Dever: viver!