"O sopro do dragão "

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão...



"Apenas,começamos"



( Trecho da música Metal contra as nuvens/Legião Urbana )

"Soldados"

"Não sois máquinas,Homens é o que sois." A luta pela sobrevivência é sua única obrigação. Resgate sua Humanidade. Lute pela Vida!
Consciência é liberdade e verdade.

Bang !

Hoje, estive no centro da cidade. Isso é raridade, evito ao máximo. Mas estou em paz com a Babilônia...as coisas são como são. Detesto as metrópoles, mas tem gente que ama. Tudo bem que é um caldeirão de culturas e informação, mas me sinto saturada. Acho que minha capacidade de absorver, digerir tudo isso chegou ao limite. Redescobri São Paulo e isso é ótimo, mas não muda em nada meu projeto, de manter-me afastada dela. Quero concretizar meu projeto de vida, mas não sairei daqui envenenada, sairei motivada pela força que eu vejo na resistência, expressa pela arte , cultura, manifesto... acredito no outro, ainda...


Essa é minha cara :  "Você é a orquídea negra, que brotou da máquina selvagem" - música de Jorge Mautner, ficou muito conhecida na voz de Zé Ramalho...


"Soprar no ar e ver tudo voar"...meu castelo de areia, esperando o poderoso vento norte...

Parece brincadeira...eu aqui, uma hora dessas...Quem diria!...Eu nunca pensei, que algum dia, passaria tanto tempo, em frente à uma máquina dessas. Fico aqui, escrevendo...uma maneira de estar em contato com outros mundos. Vivo isolada, de alguma forma... Infelizmente, essa é uma tendência pessoal. Sou do tipo, que gosta do mundão, de ver gente, mas nunca me envolvo muito, com nada nem ninguém. É uma maneira muito independente de ser e agir, mas tem um preço à ser pago, a solidão. Eu gosto de estar só, mas não o tempo todo. Sei que não sou uma boa amiga, nem boa irmã...o fato é que gosto das pessoas, mas não consigo me manter ligada à ninguém. É como, se eu vivesse num mundo, todo particular, esse mundo é sagrado e já que eu não consigo compartilhá-lo, na íntegra, eu prefiro preservá-lo, só pra mim. O tempo, tem me levado a crer, que não posso esperar que nem meus filhos, aceitem esse meu mundo...Por mais, que ele seja perfeito pra mim, talvez não seja pra eles. Só peço à Deus, à Existência, que me conceda mais uns 5 anos de vida, no mínimo, com saúde é claro. Quero, poder correr solta por aí e conhecer um bocado de gente maluca, andarilhos, vagabundos, curandeiros, revolucionários... ou ainda me arranjar num oco de mundo, com muita mata e água doce, pouca gente...isso, se eu merecer.

Respeito demais a liberdade, acredito nela. Quero, poder encontrá-la, na íntegra, recheada com muita PAZ e AMOR.

Contrabandeando

Atravessando fronteiras, levando e trazendo mensagens de paz, no tempo/espaço...

"Lutar, eu preciso"

"Vc me conheceu, num momento muito crítico"

Clube da luta

"A grande encruzilhada"

Aqui, passam todas as BRs. Às vezes, me sinto frustrada, por ter "criado limo". Tanto tempo...parada aqui, nessa Babilônia... Mas, ainda hoje, "estive em Campo Grande"..."Revi, o vendedor de amendoim, a figura estática, aquele índio, sentado no banco de madeira da estação"...aquela velha obsessão. O alvo, já não é mais o mesmo...
"Eu viajei de trem..." (Linha estudantes, Mogi- estação Luz). Embarquei em Suzano...

Mais um dia perfeito. Louvado seja!!

Era só um livro, mas tive medo...Tentei me lembrar, do gosto, daquelas passas de Corínthios...Tudo era tão HUMANO! Hoje sei, que somos um exército.
"Andar com um amigo no escuro, é melhor que andar sozinho na luz."

Carols

Eu as vi. As duas, lado a lado. Pareciam idênticas. Eram belas e brilhantes, monumentais! Perdi o eixo... senti o peso do meu fardo. Pensei, então " Que culpa tem o homem?!". Era tarde...era setembro, Gênesis chegou, as torres caíram...

Sou carrapeta, sim!!!E o que não gira, nesse mundo?!!!

Ismael e sua tribo

Mais um dia inteiro com a criançada...férias prolongadas(gripe suína). Fomos ao campo de futebol, levamos pipa e linha. Não tenho muita intimidade com eles( pipas), mas conseguimos por bem alto, o moleque, pirou. Lá, tem dezenas de meninos soltando pipas. É a diversão da periferia, molecada alucinada, correndo de lá pra cá, com a cara pra cima. Alguns descalços, com os pés, na terra vermelha...Andei observando alguns deles e um me chama a atenção pela destreza, corta, apara e com uma tranquilidade de mestre. O moleque olha pra gente de frente,um olhar destemido e elegante, bacana!! Eu aponto pra ele e digo pros meus "aí está o mestre". O menino deve ter no máximo 10 ou 11 anos. Hoje descobri que seu nome é Ismael.
Ismael, grande caçador de pipas.
Aqui tem dezenas deles...

Carnivoraz

Hoje fiz um rango vegetariano, com a ajuda da criançada. Comemos arroz com talos de brócolis ( as flores, comemos ontem), mandioquinha, beterraba ( cozida, salada) e jiló (este só pra mim). Ficou uma delícia! Lembrei, da Cida, lá do Jamaká, Chapada dos Guimarães, essa, fazia uns rangos muito bons, sem carne. Mulher guerreira, tinha 7 filhos, todos nascidos em casa. Os irmãos mais velhos ajudavam, no parto dos mais novos. Crianças lindas, todas com nomes de anjo...
Eu, como carne de todo o tipo e minha preferida é a carne humana...(hahahahahaha)
Acredito, também,que é possível se abster da alimentação, total! Já tive uma experiência nesse sentido e fiquei convencida disso. Infelizmente, tive só uma amostra, mas, acho que descobri "a receita", muito simples, alíás. Mas esse segredo eu guardo, pelo menos até comprovar minha experiência por completo. Procuro o ingrediente único, dessa receita e está muito difícil de achar. Se achar, não vou esconder mais esse segredo.

Compartilhando

Ontem, aconteceu algo, um pequeno incidente, que acabou mexendo com meus sentimentos.
Era domingo, dia dos pais. Não que eu ligue muito pra isso,aliás, meu pai já é falecido. Mas depois de mais uma caminhada pela vizinha colônia japonesa, aqui do lado da Cosmopolita, eu estava inspirada... aquele visual, aquele clima, ainda presente, as taquaras...lembranças distantes, do meu tempo de infância. Quanto eu reverenciava estes locais! Ainda causam grande impacto em mim...aliás,o cemitério em que meu pai está sepultado fica na colônia, há poucos metros de casa.
Mas depois da caminhada agradável, ao lado dos filhotes, onde acabamos por trazer mais um amiguinho pra casa, um lindo peixinho, um beta azul e vermelho, lindo! Quis me expressar, retribuindo à um velho amigo um recado enviado. Quis postar um vídeo do youtube, uma música de Kitaro, acompanhada de um verso de Basho.
Incidentalmente duas músicas se mesclaram na operação: Oasis/Kitaro, Father and son/Cat Stevens. Ficou lindo! Causou-me um impacto surpreendente... Passei à noite, pensando, lembrando do meu pai, de seu legado...
Devo agradecer à ele em especial. Foi por imposição dele, que nos metemos nesse fim de mundo. Naquela época, ninguém queria vir pra cá, mãe e irmãos. Eu não era nascida. Mas meu pai quis, e assim foi...comprou um bom pedaço de terra, pros padrões paulistanos. Aqui ele fazia seus roçados de milho, mandioca, feijão, etc...criou porcos, galinhas...abençoada infância. Não me imagino sem essas bases.
Me lembro do poço, d'água, meu irmão Pedro, era o encarregado de girar aquela manivela grande e pesada, o "sarilo", que trazia o balde cheio de água lá do fundo...
A energia elétrica chegou primeiro, ganhamos uma bomba de água...mais tarde a água encanada e tudo o mais.
Sou muito grata à vida por essa rara oportunidade de experiências, simples, é verdade, mas muito significativas pra mim...Meu trono, era uma touceira de bananeiras...
Obrigada pai!!

Identidade

PROFANA

Então respondi : " a Lua!!"
Imediatamente, o véu do dia cobriu-me a face.
Em êxtase, contemplei todo o esplendor do Magnânimo!

PAIXÃO

A visão,
a reverência.
O silêncio...

"Se penso, logo desisto."

É o não-ser...
Num instante,
O mergulho...

A chama é violeta!
E novamente o ser.
Então... mergulhar, mergulhar
e mergulhar...

O ENCONTRO

Outrora ,acreditei na imortalidade.
Hoje, o que me conforta é a
certeza de que só a morte é imortal.
Ora, sejamos dignos da vida e encaremos a morte de frente!

O CANTO/RELIGIÃO

Meu canto é o último cântico.
Aquele que brotou da liberdade.
Não é aquele do covarde, nem tampouco do hipócrita, que insiste ,oferecendo a outra face...
É o cântico do amigo do AMIGO.

CONSCIÊNCIA

Ontem, eu era um ser humano em busca do Divino...
Hoje sou um ser divino, à cerca do Humano.




"Mas pode me chamar de Trombeta."

Solitário é o sol...

Vagueio aqui e ali, meu nome é Jaci. Mas,ainda,não encontrei meu lar. Rudá, vem me ajudar!

Brasíris!

Da próxima vez, que for à Asgard, levo farofa, cachaça e um caruru. Muito azeite de dendê, pimenta de todo cheiro...hahahahaha
Vou na pele de Oxumaré. Retocando alguns tons da minha tela, que está bem descorada. Dessa vez, levo mensagem de Ogum e Exu. É festa no terreiro de Odin!

Farofa, da boa.

Safira ou Rubi?

Então, as duas se encontravam, nas mãos daquele jovem ourives. O cara olhou, mediu, pesou, poliu aqui, ali, mas não se decidiu à usar nenhuma delas, para fazer seu precioso anel. Safira estava impressionada com o vermelho daquele rubi, pois se existe uma cor que ela nunca atinge é aquele vermelho. Porém, ela também, era uma bela safira azul. Quis o destino, que ela viesse parar em minhas mãos, bem quando, eu perdi minha rara turmalina negra. Rara, porque foi achada no quintal de minha casa, o chão que eu cresci. Eis, que agora essa safira faz parte de minha coleção e tem lugar de destaque.

Um pouco de história...

Conta-se que Abraão, pressionado por sua esposa Sara, abandonou seu filho Ismael, juntamente com sua mãe, Hagar, a escrava egípcia, em lugar ermo. Quando, acabando a água , Hagar se viu desesperada, começou a cavar o solo arenoso, com as próprias mãos, em vão. O menino, que sentado, assistia a tal cena, de repente, viu brotar, por entre seus pés , um olho d'água. Essa seria, a origem, milagrosa do poço Zem-Zem, lugar sagrado, para o povo do deserto. Ali mesmo, depois, fora construída, a Caaba.
É uma bela história. Envolve, fé e destino, pois Ismael é o pai dos nômades. Não posso, afirmar que é verdadeira, em seus pormenores, existem, outras versões. Mas, pra mim, o que importa é sua mensagem de esperança e fé ,nos desígnos divinos.
Admiro, essa história, essa origem, esse povo. Sou brasileira, com a graça de Deus. Aqui dentro, trago uma riqueza genética imensa: índio, negro, europeu...Mas existe, uma voz que sobressai, lá no fundo desse deserto aqui. Essa voz entoa um cântico, que eu aprendi. É a voz de algum beduíno-sertanejo, pastoreando suas ovelhas, fiando a lã ou carregando seu pote de água. E ele vaga perdido nesse imenso infinito, de areias, estrelas, horizontes, azul e sede...Nordeste do Brasil ou Saara, lá estamos nós.
"Depois da judiação, voltaremos ao deserto e contemplaremos os infinitos. Apaixonados,como só nós. Paixão e liberdade."

Conto e causo

Foi no ano de 97,mês de abril ou maio. Eu estava numa velha choça, numa roça. Lá fora o vento açoitava, o barulho era musical(musicaos), com o que, eu saboreava aquela noite escura. Mas foi de repente, ele chegou. Ouvi o barulho dos cascos na soleira da porta " Plac! Plac!Plac!..." e também o som forte das asas "vrum, vrum..." O vento no bambuzal, chamava meu nome... A excitação e curiosidade, me dominaram. Abri a porta... Não pude vê-lo, a escuridão era total. Senti suas baforadas, já dentro da casa. Era o Diabo, com cascos, chifres, asas e tudo o mais.
Ele, achou logo,minha santacrux...tocou nela e saiu vexado(rs)
Não pude conter, gozei mesmo. (hahahahahaha)
O danado, ainda, acendeu uma vela e rezou uma ave Maria.
E esta, é a mais pura verdade. Aconteceu comigo.